Dicas Para Trilha

DICAS DOS TRILHEIROS

1 – Use os equipamentos básicos de proteção até em trilhas leves: capacete, botas, calça, camisa, luvas, joelheiras e colete. Mas se for enrolar o cabo (correr mais forte, motocross ou cross country) use os equipamentos citados anteriormente mais cinta abdominal cotoveleiras e joelheiras articuladas;
2 – Leve ferramentas básicas para pequenos reparos;
3 – Em estradões resista a tentação de fazer curvas na contramão;
4 – Se for iniciante acelere com bom senso. E se mais a frente pegar uma curva com areia solta ou cava, já aprendeu a frear?
5 – Faça trilhas em grupo, além de muito mais divertido é mais seguro;
6 – Se a trilha for longa até o fim da tarde, verifique se todas as motos possuem farol, e se estão funcionando;
7 – Leve um celular e documentos, num bag que fique bem vedado (serve até saquinho zip loc, pegue na cozinha da patroa) caso você caia em um riacho, afunde num brejo ou pegue um toró, eles ficarão protegidos. A trepidação da moto nos bags de pára-lamas pode danificar celulares e câmeras, portanto leve os eletrônicos numa pochete na cintura ou na mochila de hidratação;
8 – Caso seja assaltado, nunca reaja. Os marginais não agem sozinhos, sempre tem cobertura de outros malandros no meio da mata.
Por essa razão, não compre motos com chassi raspado, sem procedência. Dê uma basta no roubo de motos, quebre o círculo vicioso da violência para não ser vítima um dia.
 Dicas  de Pilotagem na  Trilha

 

Cuidados com a moto:
•Antes de sair verifique o nível da água (caso sua moto seja refrigerada a água).
•Verifique o nível do óleo.
•Verifique o combustível.
•Verifique se o filtro de ar está limpo.
•Verifique a pressão dos pneus (sempre entre 14 e 22 lbs) dependendo do terreno.
•Verifique a relação da moto (dentes e coroa gastos, mesmo que esticados, poderão ficar caindo).
•Lubrifique a corrente.
* IMPORTANTE – Uma boa moto dificilmente te deixará na mão, mantenha tudo em bom funcionamento, e não estrague o passeio dos outros.
Outras dicas importantes:
•Nunca faça trilhas sozinho, se você cair e se machucar, seu problema poderá se agravar em 1000%.
•Antes de sair, chame todos os integrantes do passeio, e faça o “BRIEFING”, definam tudo, como, por exemplo, quem vai puxar a trilha, quem vai limpar (último piloto), em caso de perda de pilotos, o que todos deverão fazer (os perdidos e a maioria).
•Levem, sempre que possível, telefones celulares, todos deverão ter os números dos parceiros. Caso tenham apenas dois celulares, o puxador, e o limpador, deverão levá-lo.
•Sempre avise, em casa, o local em que farão a trilha, e o número do telefone da residência dos seus melhores amigos.
•Esteja em boas condições físicas e mentais, isso fará o seu desempenho melhorar exponencialmente.
•Esteja bem alimentado.
•Leve sacos plásticos para protegerem equipamentos eletrônicos, como, celular e máquina fotográfica.
•Se possível, leve uma mochila de hidratação, frutas, energéticos em gel, e em barra.
•Não se atrase, pontualidade é uma virtude, todos tem compromisso, NÃO ATRAPALHE.
•Não tenha vergonha de admitir que “TAL” obstáculo é muito para você, peça ajuda aos mais experientes, ou passe por um lugar que lhe dê confiança, afinal, sua fase de alto afirmação já deveria ter passado.
•Respeite os locais por onde passa, feche as porteiras e os colchetes, não “brinque” com os animais, afinal, você e seus amigos, querem voltar amanhã.
•Guarde o seu lixo, e jogue fora na sua casa.
COMO FAZER CURVAS:
Se você é veloz nas curvas, a tendência é que seus tempos de volta também sejam muito bons. Você pode ganhar muito tempo nas curvas se escolher um bom traçado, frear mais tarde, e manter um embalo alto por toda a curva.
Existem inúmeros tipos de curvas, nas quais se aplicam técnicas básicas:
-Quando você entrar numa curva, coloque-se na posição de ataque, isto fará com que seu peso fique no centro da moto, então, tanto a suspensão dianteira quanto a traseira estarão com distribuição de peso igual;
- Enquanto você deita a moto, coloque o pé para o lado de dentro da curva, esticando-o para frente da moto, mantendo perto do eixo da roda dianteira;
- Conserve sua perna razoavelmente esticada, porém sem travar a articulação do joelho. Mantenha o pé do lado de fora da curva bem firme, fazendo pressão na pedaleira.
-Lembre-se de colocar seu peso na pedaleira de fora, e no assento você deve usar a parte superior do corpo (tronco–braços–cabeça) para obter melhor equilíbrio.
As curvas são compostas de: entrada, execução e saída.
A entrada de curva é quando você freia forte, empurrando seu corpo bem para trás em pé na moto. Após a freada com distribuição de peso, você começa a deitar a moto, levando todo peso de seu corpo bem à frente, para maximizar a tração na roda dianteira, procurando uma linha mais suave possível.
Na seqüência vem a execução, onde procura-se maximizar a tração e o balanço. Você consegue a tração quando forçar a pedaleira do lado de fora da curva, deixar o braço de dentro da curva mais longo (esticado) e o de fora mais curto, com os cotovelos para cima.
A posição do tronco deve ser em vertical e um pouco inclinado para frente, ajudando a aumentar a tração na roda dianteira. Você deve assentar-se na quina do banco.
As saídas de curvas têm uma forma mais explosiva, onde é necessário procurar maior tração para usar toda potência do seu motor. Na primeira parte da saída de curva, você deverá manter seu corpo mais à frente, voltar rapidamente o pé para a pedaleira e começar a acelerar forte. Se por acaso a roda dianteira levantar demais, incline o tronco ainda mais para frente, sobre o guidão.
Assim que a moto começar a andar rápido, você transfere um pouco do seu peso para trás, para ganhar mais tração na roda traseira.
PÉS NA PEDALEIRA:
Você deve usar os pés nas pedaleiras o mais próximo da carcaça do motor. Fique sempre preparado para tirar os pés das pedaleiras se tiver necessidade. A posição de seu pé na pedaleira deverá ficar de uma maneira que você possa frear e passar as marchas com conforto, lembrando que você não pode esquecer os pé em cima dos comandos. Outro fator importante é sempre pressionar a moto com os joelhos.Quando você pilota em cavas muito fundas, é aconselhável pisar com a ponta dos pés na pedaleira, ficando, assim, menos exposto. A pressão dos pés nas pedaleiras é essencial para mudar a moto de direção. Quando o piloto força a pedaleira da esquerda, a moto muda de direção para este lado e vice-versa.
Quanto mais difícil é o terreno, mais peso e mais pressão você deve colocar nas pedaleiras. Quando você força o pé na pedaleira de fora, numa curva, você proporciona mais tração e estabilidade.
ACELERAÇÃO:
- Quando a moto estiver na vertical, ou seja, em pé, a aceleração pode ser forte;
- A moto também acelera mais forte nas retas, quando você distribui o seu peso na roda traseira para obter mais tração.
- Use o controle do seu peso na frente ou na traseira, como um mecanismo de tração controlando a aceleração.
– Mantenha a roda dianteira leve, apenas tocando levemente no chão.
- O acelerador deve ser usado com agressividade, porém bem progressivo.
LOMBADAS E SALIÊNCIAS:
São três os tipos de saliências do terreno: irregularidades causadas pelas motos ao acelerar e ao freiar, proeminências naturais do terreno e obstáculos feitos pelo homem.
Existem técnicas básicas que se aplicam a todos os cocurutos e lombadas. Muitas vezes o piloto deve se segurar firme, preso, mas é só por um instante. Enquanto você melhora sua sincronização e confiança, será capaz de se relaxar e terá mais controle da moto.
Vários pilotos, principalmente amadores, se seguram muito presos, essa é a maior razão de terem problemas de antebraços travados.
É muito importante manter seu peso fora do guidão, enquanto pilota por um terreno acidentado. Prenda a moto com os joelhos, deixe a suspensão da moto funcionar, deixe que ela balance debaixo de seu corpo. Mantenha seu peso no centro e mova-se para trás quando a roda traseira bater nas lombadas maiores, com isto evitará com que a roda trepide e perca a tração. Não deixe seu corpo inteiro começar a se mover para cima e para baixo, segure a tensão em suas pernas. Mantenha a roda dianteira alta para que ela resvale no topo das lombadas. Não a deixe cair dentro dos buracos (partes fundas entre lombadas), mantenha a moto reta, não deixe a parte traseira ficar jogando de um lado para o outro. Enquanto pula pelas lombadas é importante colocar seu peso igualmente distribuído entre as rodas dianteira e traseira. Faça movimentos sincronizados e pilote relaxado.
EMPINAR A MOTO:
Empinar a moto pode ser muito proveitoso, quando usado para tirar o piloto de situações específicas. Você geralmente empina sua moto para: atravessar uma poça de lama; um tronco; na entrada de alguns pulos; em pequenos buracos ou seja, em algum obstáculo que vai bater muito forte na moto. Muitas vezes apenas com uma acelerada mais brusca já é o suficiente para a moto levantar a frente, mas se for preciso utilize a embreagem.
Mantenha o centro de gravidade: Mas o que significa isso? Simples, alguém já deve ter dito a você: “Quando estiver numa subida, encoste a barriga no tanque. Quando estiver descendo, vá para trás do banco…”Bom, é quase isso. Simplificando, manter seu centro de gravidade é manter seu corpo sempre em pé (ereto). Se estiver numa subida, apenas a moto deve se inclinar com o barranco. Seu corpo deve continuar “no prumo”. Ou seja, o tanque vem até você, não é você que vai até ele. Pode ser que ele nem chegue, ou que ele queira passar da sua barriga, tudo depende da inclinação da subida.
O importante é manter o corpo sempre na mesma posição de equilíbrio de quando se está no plano. O mesmo vale para as descidas. Quando se está descendo, apenas a moto deve inclinar-se para baixo. Claro que, numa descida, você não vai conseguir ficar em pé, senão terá de largar do guidão. Mas suas pernas e cintura deverão permanecer o mais ereto possível, inclinando apenas o tronco. Isso fará com que o seu peso seja deslocado para trás e você continue em equilíbrio.
Deixe os indicadores sobre os manetes: No começo, vai ser uma droga. Seus dedos vão doer, vai parecer que você não consegue segurar o guidão com firmeza, etc. Isso passa. Quantas vezes você não escorregou por ter travado o freio dianteiro? Pode ter certeza que foi porque você tomou um susto e “alicatou” o freio. Quantas vezes você não deixou a moto morrer, porque não apertou a embreagem a tempo? Se você estiver com os dedos já posicionados, as reações são muito mais rápidas e precisas. Você não vai mais “alicatar” o freio, pois o seu dedo já vai estar na posição certa quando você precisar dele. O mesmo vale para a embreagem.
Curvas abertas: Não importa se o terreno está liso ou não, o método é o mesmo. Mantenha-se em pé, não sente. Ainda em linha reta, comece a desaceleração, vindo pela parte de fora da curva. Antes de iniciar a curva, trave seu freio traseiro, fazendo com que a moto derrape para se alinhar à parte de dentro da curva, apontando para a saída dela. Assim que ela estiver se alinhando, faça pressão na pedaleira do lado de fora da curva e retome a aceleração.
Isto vai fazer com que você termine de derrapar enquanto aumenta a velocidade e, ao mesmo tempo, mantém seu corpo e a moto equilibrados, por causa da pressão na pedaleira. A melhor maneira de treinar este tipo de curva é fazê-las num terreno liso, forçando a derrapagem, até que você sinta confiança de que não vai sair voando curva afora.
Curvas fechadas: Existem muitos modos de se fazer uma curva fechada. Vamos explicar dois deles. Ambos têm seus prós e contras:
1: Imagine um ponto no meio da curva. Trace uma reta que vai de onde você está até este ponto e outra que vai do ponto para a saída da curva. É assim que você vai fazê-la. Como? Simples: Não reduza a velocidade; freie pouco antes do ponto determinado, travando a roda traseira e derrapando a moto de forma que ela se alinhe à outra reta. Pronto, a curva está feita. Enquanto você derrapa, reduza a marcha para já sair forte da curva. A desvantagem desta curva é que você sai um pouco mais lento, mas em compensação, você freou depois do seu adversário e não precisou fazer uma “tomada” de curva, só precisou de um ponto.
2: Você irá reduzir um pouco antes da curva e, ao entrar nela, deslocar seu centro de gravidade para frente (sentando quase em cima do tanque), jogar a perna que estiver do lado de dentro da curva para frente, em direção à roda dianteira (não é para pôr o pé no chão, é para aumentar o peso na roda da frente) e calçar o máximo que puder o outro pé na pedaleira. Isso fará com que você aumente o peso na roda dianteira evitando que ela escorregue e manterá seu equilíbrio quando a roda traseira derrapar.
Num ponto da curva (você vai ter que descobrir o seu ponto) você começa a acelerar forte. A moto deve escorregar um pouco. Quando alinhar a moto na reta, você já deve estar voltando para a posição em pé, jogando seu peso na roda de trás para dar mais tração à roda traseira. A vantagem é de você sair forte da curva. Com prática, você deve conseguir fazer mais rápido do que a outra, mas você precisa de espaço para isso. Se estiver no corpo-a-corpo e seu adversário souber fazer a outra curva, é provável que você fique para trás.
Frenagem: Todo mundo sabe acelerar, mas poucos sabem frear. Para quem não sabe, o principal responsável por parar a moto é o freio dianteiro, não o traseiro. Em linha reta e em alta velocidade, a melhor maneira de diminuir a velocidade rapidamente é se mantendo em pé na moto, com o corpo inclinado para trás. O uso do freio dianteiro deve ser progressivo, ou seja, você deve começar a pressioná-lo levemente e ir apertando aos poucos. Nunca fique dando “trancos” no freio, não ajuda em nada. O freio traseiro deve ser usado levemente, para ajudar na desaceleração. Numa entrada de curva, o freio traseiro será travado para provocar uma derrapagem.
Pilotando no barro: Escolha o caminho mais seguro para evitar uma possível queda. Deixe a moto numa marcha reduzida, mas mantenha o giro do motor bem alto, para que o pneu mantenha-se limpo e não fique preso nas canaletas. Não confunda giro alto com velocidade. A velocidade será baixa, só o giro do motor que ficará alto.
Pilotando na areia: Para não correr o risco de atolar, você deverá manter a roda dianteira bem leve. Para isso, mantenha-se sempre em pé na moto, com o corpo levemente inclinado para trás. Isto fará com que você alivie o peso na roda dianteira e aumente na roda traseira, o que dará mais tração. Aqui você também utilizará uma marcha reduzida, mas não tanto quanto no barro.
Pilotando em piso duro: Este tipo de terreno parece tão liso quanto o barro, parece que seu pneu traseiro está furado. Para andar bem aqui, você deve utilizar uma marcha mais alta, deixando o motor trabalhar com um giro mais baixo, evitando que a roda traseira perca tração. Aceleradas bruscas e altos giros farão com que você derrape facilmente.
Pilotando nas pedras: Mantenha-se em pé na moto, com o corpo levemente inclinado para a frente, aumentando o peso na roda dianteira, para evitar que ela “saia da mão”. Num terreno muito acidentado, utilize uma marcha reduzida, para poder conseguir obter uma resposta rápida da moto, caso precise superar algum obstáculo.
Subidas: Podem ser enfrentadas de duas formas. Nas subidas curtas, o piloto pode ficar sentado, com o corpo inclinado para frente e pegar embalo para vencer a inércia. A segunda técnica para longas subidas em pé na pedaleira, com o corpo para frente, controlando a aceleração para não levantar a roda dianteira.
Descidas: A principal advertência não deixar a moto derrapar com a roda dianteira. O corpo deve ficar para trás, forçando o guidão com as mãos. Em descidas lisas ou molhadas devem-se ter cuidado com uso do freio dianteiro para evitar o travamento.
Riacho: Nem sempre é possível ver o fundo dos riachos e o maior prejudicado será o primeiro piloto a atravessar, porque terá que achar literalmente o caminho das pedras. È importante não deixar a água atingir o filtro de ar, nem deixar a moto cair no rio. Para facilitar a visão do piloto pode-se ficar em pé nas pedaleiras e mesmo que pareça refrescante, não deve passar muito rápido pelo riacho porque pode ter uma pedra ou tronco submerso.
A dica é, se o riacho tiver partes clara e escura, esta ultima significa mais fundo, e também se partes do riacho tem correnteza é o local mais raso.
Cavas: São erosões formadas por enxurradas que às vezes são tão grandes que quase escondem a moto dentro. Nas cavas grandes precisa tomar cuidado para não entortar os pedais de câmbio e freio. Nem sempre a moto e as pernas do piloto cabem, é preciso”caminhar” com os pés fora da cava e a moto dentro.
Atoleiros: Não existem muitas técnicas especificas, mas vale uma dica importante. Antes de encarar o atoleiro de uma boa olhada em volta para procurar um caminho alternativo. Outra boa dica atravessar o atoleiro a pé, procurando lugares mais firmes para passar. O embalo é essencial, pelo menos irá vencer boa parte do atoleiro na velocidade. No caso da moto atolar não adianta nada ficar acelerando, pois a moto afunda mais. Desça da moto e mão obra.
Troncos Caídos: Neste momento é necessário uma “empinadinha” na roda dianteira para passar a frente da moto, quando o protetor do Carter bater no tronco, a moto deverá ser inclinada para frente e com a ajuda do corpo a roda traseira encontra-se ao tronco, então basta acelerar. A mesma técnica vale para pedras grandes no meio do caminho.

Como preparar sua moto nacional


Todos sabemos que as motos nacionais são muito utilizadas no meio Off-Road, seja p/ uma trilha de final de semana, seja em competições.
Sabemos também que, bem preparadas, elas se saem muito bem, afinal, a “peçinha” que vai atrás do guidão faz muita diferença. Exemplo disso é o famoso piloto Sandro Hoffmann, que com uma Tornado foi Pentacampeão Brasileiro de Enduro, competindo contra motos “especiais” famosas do mundo inteiro.
Daremos aqui algumas dicas de preparação partindo de uma moto original de rua.
PARA TODOS OS MODELOS
- Retire os retrovisores e as setas. Além de aliviar o peso, eles podem se quebrar com facilidade nas trilhas.
- Retire também (se for possível) Bagageiro, Lanterna traseira, Buzina, Painel, Pedaleira do garupa e Capa de corrente.
- Suspensão Dianteira: Substitua o Óleo original das Bengalas por Óleo de motor de Carro (tipo 20W40), que é mais viscoso (grosso) que o original, tornando a suspensão mais rígida e assim mais adequada ao off road.
- Suspensão Traseira: Se a mesma tiver regulagem, coloque-a no máximo, ou seja, com a mola o mais comprimida possível. Isso a endurece mais, ficando mais adequada. Evite o uso de “Alongadores”, pois eles não aumentam o curso da suspensão (apenas deixam a moto mais alta) e deixa a suspensão mais sujeita a quebras.
- Filtro de Ar: Se o mesmo for de Papel, procure substituí-lo por um de Espuma. Além de ser mais adequado, pode ser reutilizado, basta lava-lo com detergente. Após lava-lo, umideça-o com um óleo fino, por exemplo óleo desengripante spray. Isso ajuda a prevenir a entrada de poeira no motor.
- Caixa do Filtro de Ar: Se você colocar uma Ponteira esportiva, isso aumentará a vazão de saída dos gases do motor. Para compensar, você precisa aumentar a vazão do ar de entrada. Para isso, faça alguns furos na caixa do Filtro de Ar.
Mas atenção: procure fazer os furos na parte superior da Caixa, no mesmo nível ou acima do furo original, para que ao passar pela água a mesma não entre dentro da caixa.
Escolha também um lugar “escondido” para dificultar a entrada de muita poeira.
- Pneus: Substitua os pneus originais por um Traseiro e um Dianteiro do tipo biscoito.
Essa alteração é fundamental para quem quer se iniciar no esporte, pois a tração em qualquer terreno (principalmente em subidas e lama) fica muito melhor, assim como a aderência em curvas e as frenagens que serão mais seguras.

Como aumentar a vida útil dos equipamentos de trilha

CAPACETE
O ideal no off Road é um capacete com forro removível. Afinal, todos nós vamos suar, encarar a poeira e lama. Também é possível lavar um capacete de forro fixo, mas dá muito mais trabalho e o resultado é bem pior. Hoje em dia, quase todos os novos capacetes já possuem forro removível. O melhor produto para lavagem é o Shampoo neutro (na real mesmo, eu uso o que estiver no banheiro, e torço para a “Dona Patroa não ver quando eu uso aquele especial que ela comprou, a preço de ouro). Lavar forro e pads com o shampoo, passar bastante água, retirar o excesso de água com um pano ou toalha e secar na sombra. No mínimo são 2 dias para fica bem seco.
Na parte interna, passo um pano úmido com sabonete e um pano úmido só com água. Mas como o isopor é a parte crítica, nada de remover ou usar muita força. No casco também lavo com shampoo e seco com um pano. Nada de água com grande força, tipo Vaap ou mangueira, pois pode danificar o verniz e os adesivos. No máximo um chuveiro para quando a lama for muita. Saiba que o melhor momento para verificar seu capacete surge no ato da limpeza. Se houver algum dano no isopor já era, troque! Por exemplo, se o capacete estiver no guidão e a moto caiu parada, vai fazer um buraco no isopor. Simplesmente este capacete não garante mais a sua segurança, infelizmente não vale mais a pena o risco. Fique atento, pois este equipamento não pode falhar se você precisar dele, sua vida correrá perigo.
Em provas longas ou trails de mais de um dia, o ideal seria ter mais de um forro e pads, para ir trocando a cada dia. Mas já ajuda muito se durante remover o forro e pads, passar um pano úmido e deixar tomar um ar. No dia seguinte o conforto vai ser outro, experimente! Só não vá me perder o forro durante a noite…

BOTA

Outra peça muito importante no nosso equipamento é a bota. Na hora em que a moto perde o equilíbrio, o primeiro apoio é o pé. E não adianta tentar evitar, pois é instinto. Para piorar, depois dos pneus, a primeira peça a se esfregar no atoleiro é a bota. E a lama que seca e não é retirada, resseca o couro e diminui a vida útil da bota.
Portanto lembre-se sempre: BOTA SUJA DURA MENOS.
Lavar a bota na ducha Vaap, logo após a trilha ou treino, pode ser uma boa para tirar o excesso, mas usar a água muito forte e por muito tempo, também danifica o couro.
A maneira mais indicada é no tanque, usando uma escova do tipo de nylon e e com detergente, aquele da pia da cozinha. Depois de limpar a parte de fora, recomendo lavar o interno com sabão em pó e usando uma esponja macia. Para secar, sempre a sombra, retirar a palmilha e se possível por algumas horas, deixa a bota de ponta cabeça, para sair toda a água de seu interior. Outra dica legal é deixar algum objeto que mantenha a porta aberta, melhorando a secagem.
Não há problema de guardar a bota em pé, mas muita gente gosta de deixar ela deitada. Eu Por exemplo, há anos guardo em pé e não percebi problemas. Vale a pena, após a lavagem, dar uma verificada no estado da bota e um reaperto nos parafusos de fixação dos fechos. Porém, se sua bota precisa de cola, elástico, pedaço de câmera, zip tie ou qualquer outra “gambiarra”, provavelmente esta bota já não está mais tendo a rigidez necessária para proteger seu pé e tornozelo. Vejo muita gente usando botas que já deviam estar “aposentadas” há muito tempo. Aí ela perdeu sua qualidade principal, como equipamento de proteção.
CAMISAS DE TRILHA, E LUVAS DE TRILHA
Para as luvas e camisas, tratamento igual ao de qualquer outra roupa. Um pouco de amaciante é legal. Mas mais uma vez repito o que disse na edição passada: sempre secando na sombra! Não recomendo passar, pois temos hoje em dia etiquetas emborrachadas, que vão ser destruídas. E não vale misturar com a toalha de mesa, pois vai dar confusão.
CALÇA DE TRILHA
Para a calça, recomendo lavar na mão com uma escova e sabão em pó, pois ela esta sempre mais suja e como é uma peça pesada, pode estragar a máquina. Conheço muita gente que leva tudo à maquina sem problemas. Para aqueles dias de muita lama, a solução é primeiro bater uma água com certa força, deixar um pouco de molho, trocando a água com freqüência e colocar um pouco de sabão em pó. E depois é só lavar normalmente.
COLETES
Normalmente eu limpo o colete com panos úmidos e sabão. No caso da lama estar “braba”, lavar com água corrente. Recomendo um chuveiro ou mangueira com pressão moderada. Sempre usando sabão em pó. Se o seu colete usar parafusos, esta é a hora ideal para apertá-los, aumentando sua vida útil.
CINTA ABDOMINAL
Recomendo lavar as partes mais rígidas com escova e sabão em pó e a parte em tecido, esfregar com cuidado, como uma roupa, senão estraga o velcro precipitadamente.
JOELHEIRA E COTOVELEIRA
No mínimo estas peças precisam “tomar um ar” entre cada trilha. Mas recomendo lavar com sabão em pó no tanque, também tomando cuidado com os velcros. No caso dos braces, devem ser limpos com pano úmido e as tiras lavadas manualmente.
ÓCULOS
Lavar as lentes na torneira com sabonete ou detergente. Secar com uma toalha ou papel toalha. Se precisar lavar o óculos todo, tem que ser feito com cuidado. Usar água com baixa pressão e retirar o excesso com uma toalha. Como todos os demais, secar na sombra vai manter a espuma firme por mais tempo.
MOCHILA DE HIDRATAÇÃO
A parte mais importante é o reservatório. Se você deixar ele fechado com água vai criar 1001 “criaturas não identificadas”. Algumas dessas criaturas vão te levar, com certeza ao hospital algum dia.
Então é importante passar água limpa. Pode usar um produto chamado HIDROSTERIL, para dar aquele acabamento.
Vamos privilegiar nossa segurança, pois a pior parte do acidente é não fazer trilha na semana seguinte ! E para evitar isso, só bom censo e bons equipamentos em condição de proteger !
Boas trilhas e juízo !